Eu estou aqui para falar principalmente com quem está pensando em entrar no mercado financeiro e atuar como Assessor de Investimentos, mas também para quem já está trabalhando na área e ainda fica em dúvida se está no caminho certo ou qual é o melhor caminho a seguir.
É claro que eu não vou conseguir te ensinar tudo que eu aprendi durante todos esses anos, e esse nem é o objetivo desse texto. Na realidade, eu quero te contar os pontos chaves da minha trajetória, os pensamentos que eu tive ao longo desse tempo e como eles foram mudando ao longo da minha jornada.
Antes de começar a minha carreira como Assessor de Investimentos e de conhecer o mercado financeiro por dentro, eu acreditava que essa era uma área muito técnica. Eu imaginava o ambiente de trabalho da mesma forma que é representado o trabalho na Bolsa de Valores em filmes: correria, compra e venda, análises de gráficos, etc.
Eu não entendia nada de economia, muito menos de política. Eu me lembro que eu estudava as apostilas de preparação para a Ancord apenas para entender como funciona a rotina do Assessor.
E o que eu aprendi foi que – primeiro – não existe mais essa loucura e essa gritaria dentro dos escritórios e – segundo – você não precisa ser um gênio da matemática, da economia ou da política para ser um bom profissional. Na realidade, é preciso entender o mercado de forma prática. Aprender porque as ações caem ou sobem, por exemplo.
Mesmo assim, você não precisa saber nada disso logo no primeiro mês, tudo isso pode ser aprendido com o tempo. E ter essa consciência é muito importante para que você entenda que você não vai começar atuando como um Analista Sênior e talvez você perceba que essa possibilidade nem é tão interessante assim para você.
Eu digo isso porque, nos últimos anos, eu aprendi que quem está em contato direto com o cliente é quem mais ganha dinheiro. Por mais que o Assessor esteja na base e pareça ser apenas um peão nesse enorme jogo de xadrez, é ele quem tem a tarefa mais importante, que é a de conquistar e fidelizar o cliente. E é isso que faz com que você não precise entender tão profundamente sobre a parte técnica para ser um bom profissional.
Na verdade, os conhecimentos e habilidades mais importantes de um Assessor são aqueles relacionados a tarefas como atender o cliente, montar a carteira do cliente, criar um planejamento de longo prazo, etc.
Nesse momento, talvez você esteja se perguntando: “mas e se o meu cliente me fizer uma pergunta mais técnica?” Não tem problema nenhum você responder para ele que não tem essa informação e que vai procurar saber antes de responder a pergunta. Nesse momento, você iria ligar para o analista responsável pelo seu escritório e descobrir a resposta.
Eu percebi a importância dessa atitude, que eu comentei no parágrafo anterior, depois de mais um ensinamento que eu tive no começo da minha carreira. Eu aprendi que o ego não faz parte do comercial!
É claro que você precisa ter o seu ego para entender que você é capaz de trabalhar na área e alcançar os seus objetivos. Mas, o seu ego não pode ser grande demais. Isso porque você terá que aceitar que não é capaz de entender tudo, e que existem outras pessoas com a função de te passar informações sobre análises e estratégias, por exemplo.
Então, em certo momento, eu decidi que eu não queria uma função técnica, eu preferia uma função comercial. E o que me levou a tomar essa decisão foi perceber que era possível um crescimento financeiro maior, que não era tão interessante para mim precisar me aprofundar tanto no sistema financeiro e, por fim, que eu aprenderia todo o necessário para abrir o meu próprio escritório se aprendesse a parte comercial.
É por isso que, na minha opinião, o mercado financeiro, diferente do que muitos pensam, é um mercado muito mais de humanas do que de exatas. O maior exemplo do porque eu acredito nisso é o fato de que um cliente não vem por rentabilidade. Pois é…
Eu preciso te dizer algo que eu sempre digo para os meus alunos: um cliente que vem por taxa, vai por taxa. Mas, um cliente que vem por uma história, fica para ver o final. Isso significa que se você criar um bom planejamento para contar uma história e mostrar o passo a passo para o seu cliente, ele não vai trocar de Assessor. Mas, se você focar nas taxas, assim que acontecer uma queda na rentabilidade, ele vai embora.
Eu já li uma pesquisa que mostrava que o primeiro critério dos clientes na hora de escolher um Assessor de Investimentos não é a rentabilidade, mas sim a confiança. Isso quer dizer que a profissão do Assessor se baseia no relacionamento.
Alguns profissionais brincam dizendo que não são apenas Assessores, são quase psicólogos. Sendo assim, por que não estudar um pouco sobre psicologia, comportamento e programação neurolinguística, por exemplo? Pode ter certeza de que isso vai fazer com que você crie um bom relacionamento com o seu cliente.
No final das contas, foi por isso que eu criei o portal Vida de Assessor e a instituição de educação Escola Método do Assessor. Durante os meus anos de experiência, eu consegui entender um pouco melhor que não é só o resultado financeiro que importa, mas também a marca pessoal do profissional. Com isso, eu senti que eu podia ajudar outras pessoas passando um conhecimento muito mais prático e útil do que aqueles que eu encontrava por aí, e que eu adquiri a partir da minha experiência pessoal.
Espero que esse texto tenha te trazido alguns insights. E se você quiser se aprofundar um pouco nesse tema, te convido para participar do meu treinamento gratuito A NOVA CARREIRA, que vai acontecer entre os dias 9 e 14 de agosto. Por último, quero te falar que eu estou disponível no Instagram (@rsilva.aai) para bater um papo.